18-11-2010 19:22

Controle de Qualidade

 

Acompanhar o desenvolvimento das espigas de milho na roça e depois fazer a colheita da palha. Essas são duas paixões de Terezinha Freitas Felintro, 39 anos, artesã e instrutora de trançados com fibras naturais. Nascida e criada no Sítio Jenipapeiro, no Crato, ela precisou deixar a casa dos pais para estudar.

Junto às seis irmãs, sete com Terezinha, alugou uma casa próximo ao Centro de Juazeiro do Norte. Para ajudar nas despesas domésticas, uma delas começou a fazer trançados com palha de milho para a Associação dos Artesãos da Mãe das Dores e do Padre Cícero.

Aos poucos, todas estavam envolvidas com o artesanato e, há dez anos, Francisca, Célia, Inês, Irismar, Irami, Irani e Terezinha criaram o Genipoarte, grupo referência quando se trata de design e acabamento. No showroom, dá para perceber que gostam de inovar.

Mesmo trabalhando com material rústico, garantem proposta contemporânea, seja pelas formas ou cores das peças. Para obter matéria-prima de primeira, o grupo planta milho no sítio da família. Só assim, é possível garantir a qualidade desde o início do processo.

Quanto mais branquinha for a palha, melhor. As amareladas são destinadas ao tingimento. Apesar da produção própria, às vezes precisam recorrer a terceiros. "Tem um agricultor de Caririaçu, cidade vizinha a Juazeiro, que nos fornece o milho em troca do nosso trabalho de despalhar. O processo é manual para não estragar a palha. Na época da colheita, uma vez por ano, passamos três dias e três noites no seu sítio. É uma verdadeira festa", diz.

Para cumprir todas as tarefas, ela precisa se dividir em muitas "Terezinhas". Nossa entrevista foi cronometrada, pois teria de pegar os filhos na escola. A caçula, Maria Eduarda, cinco anos, e o casal Vitor Emanuel e Cícera Tatiana, ambos com oito. Parecem gêmeos, mas a menina é filha da irmã Irani. Desde os quatro meses está sob os cuidados da tia, que a registrou como legítima. Além da atenção ao artesanato e à família, ela ainda ministra cursos em comunidades distantes e viaja para feiras e eventos. Outra experiência gratificante foi o trabalho com palha de milho desenvolvido com pacientes do Centro de Assistência Psicossocial (Caps) de Juazeiro. Ela só abriu mão dele devido às crianças. "Foram três anos de muito aprendizado", destaca.

O marido, Antônio Carlos dos Santos, 32 anos, serígrafo, nas horas vagas é marceneiro e faz as estruturas das cadeiras, armários e luminárias. A palha de milho também é usada com detalhes em couro, madeira, ferro e laminados sofisticados.

Da mistura de elementos, as peças vão ganhando diferencial. Por isso, segundo Terezinha, a importância de encontros com artistas regionais, como as "Vivências" promovidas pelo Sebrae. "Esses momentos são um grande incentivo à nossa criatividade".

 

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